quinta-feira, 15 de julho de 2010

Jeanne Lanvin exemplo de modista



Jeanne Lanvin foi uma das estilistas mais influentes do século 20, com criações que marcaram definitivamente suas primeiras décadas. Nascida na região da Bretanha francesa, foi aprendiz de costureira e, mais tarde, chapeleira, profissão com a qual iniciou sua carreira em Paris, em 1890, abrindo seu negócio.
Duas décadas mais tarde, as clientes que compravam seus chapéus encantaram-se com as roupas que Jeanne fazia para sua irmã mais nova e para sua filha, passando a encomendar-lhe peças combinadas para mães e filhas, o que deu origem à sua casa de alta costura.
Em 1910, o orientalismo, que exercia grande influência em toda a Europa, fez com que Jeanne Lanvin passasse a apresentar roupas bastante exóticas, feitas em tecidos preciosos como veludos e cetins. Às vésperas da 1ª Guerra Mundial, ela criou os chamados robes de style, com cintura marcada e saias fartamente rodadas, que estiveram em moda, com pequenas modificações, até o início dos anos 20.
Seus vestidos tinham, sempre, uma concepção romântica. Eram inspirados em formas vitorianas suavizadas e generosamente adornados com bordados, e uma severidade muitas vezes atenuada por babados. Tudo o que ela criava transformava-se em sucesso: seus vestidos chemisiers, um bolero inspirado nos costumes bretões, vestidos bordados com miçangas – especiais para dançar -, vestidos esportivos de jérsei de lã xadrez com fios dourados e prateados, além de pijamas para festas e capinhas. Seu trabalho era facilmente identificável pelo uso de bordado e pelo fino acabamento. O uso frequente de um determinado tom de azul fez com que aquela cor ficasse conhecida como ‘o azul Lanvin’.
Depois da morte de madame Lanvin, a direção da casa passou a Antonio Castillo, que desde sua primeira coleção, apresentada em 1951, seguiu sempre de perto o estilo da fundadora. Quando Castillo deixou a Maison, em 1962, para abrir seu próprio negócio, foi sucedido por Jules François Crahay, que vinha do ateliê de Nina Ricci. O estilista brasileiro Ocimar Versolato também atuou na casa Lanvin, na segunda metade da década de 90, como diretor.